O 1º de maio
é o Dia do Trabalhador. Em 1886 ocorreu a primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de
Chicago e uma greve geral em todos os Estados Unidos. Até essa data, os
trabalhadores jamais pensaram exigir os seus direitos, apenas trabalhavam.
No dia 23 de
abril de 1919, o Senado francês
ratificou as 8 horas de trabalho e proclamou o dia 1º de maio como feriado, e
uns anos depois a Rússia fez o
mesmo.
Em Portugal, em 1919, após algumas das mais gloriosas
lutas do sindicalismo e dos trabalhadores
portugueses, foi conquistada e consagrada na
lei a jornada de oito horas para os trabalhadores do comércio e da
indústria.
Mesmo no Estado
Novo, os portugueses souberam tornear os obstáculos do regime à expressão
das liberdades. As greves e as manifestações realizadas em 1962, um ano
após o início da guerra colonial em Angola, são provavelmente as mais
relevantes e carregadas de simbolismo.
Nesse
período, apesar das proibições e da repressão, houve manifestações dos
pescadores, dos corticeiros, dos telefonistas, dos bancários, dos trabalhadores
da Carris e da CUF.
Ficarão como marco indelével na história do operariado português, as
revoltas dos assalariados agrícolas dos campos do Alentejo, com o grande
impulso no 1.º de Maio de 62.
Mais de 200
mil operários agrícolas, que até então trabalhavam de sol a
sol, participaram nas greves realizadas e impuseram aos agrários e ao
governo de Salazar a jornada de oito horas de trabalho diário.
Claro que o 1.º
de Maio mais extraordinário realizado até hoje, em Portugal, com direito a
destaque certo na história, foi o que se realizou oito dias depois do 25 de
Abril de 1974.
Deixamos algumas sugestões de filmes que retratam, de diferentes perspetivas, as condições de trabalho na época contemporânea:
Deixamos algumas sugestões de filmes que retratam, de diferentes perspetivas, as condições de trabalho na época contemporânea:
-Tempos Modernos de Charlie Chaplin;
- As vinhas da Ira de John Ford;
- O Quadro Negro de Samira Makhmalbaf;
- Pão e Rosas de Ken Coach;
- 8 Mile de Curtis Hanson;
- Até Amanhã Camaradas de Joaquim Leitão;
- A Lei do Mercado de Stéphane Brizé;
- Máquinas de Rahul Jain;
- Fábrica do Nada de Pedro Pinho.
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