No âmbito do concurso “Uma Aventura Literária”, promovido pela Editora Caminho, a professora Teresa Simão desafiou os seus alunos a participarem e a discente Maria Inês Agostinho concorreu com um texto original, intitulado “Uma Aventura no Convento de Santo António”.
Boa leitura!
Uma Aventura no Convento de Santo António
O Pedro, o João, o Chico e as gémeas receberam um convite do primo do Pedro para irem passar
as férias com ele. E é claro que aceitaram.
Passadas umas semanas, lá foram eles de autocarro para Portalegre. Era cedo, por isso ainda havia
aquele nevoeiro da manhã.
Quando chegaram, encantaram-se com a bela vista da Serra da Penha, do Castelo e da Sé. Ficaram
hospedados na casa do Vítor, que os recebeu de braços abertos. Ele era um tipo fixe, muito
simpático e super divertido.
Os seis amigos almoçaram todos juntos. A seguir foram dar um passeio para conhecerem a cidade.
Passadas algumas horas, chegaram ao local preferido do Vítor: o Convento de Santo António. Ele
contou-lhes que era um convento abandonado, mas ainda tinha a sua beleza histórica. Os cinco
amigos perceberam logo que o Vítor gostava muito de monumentos históricos.
– Parece que gostas deste sítio – disse o Pedro.
– Sim, e até construí uma cabana ali à frente! – exclamou o Vítor com emoção.
– Podemos ir ver? – interrogaram as gémeas.
– Claro!
A cabana era muito acolhedora e o Vítor mostrou-lhes o seu mini-escritório. Na secretária estava
um molho de jornais antigos que ele colecionava. Eram jornais com notícias históricas.
Os cinco amigos ficaram impressionados.
– Olhem – começou por dizer o Vítor – este jornal diz que há um tesouro no Convento de Santo
António. Eu ando a explorar há algum tempo, mas não consegui encontrar nada.
– Que fixe! – exclamou o Chico – Achas que há mesmo um tesouro no convento?
– Não sei, mas gostava muito de encontrar lá um.
Ao ouvirem aquilo, despertaram logo o seu espírito aventureiro.
– Nós ajudamos-te a encontrar esse tesouro! – interveio o João.
O Vítor ficou surpreendido e ao mesmo tempo entusiasmado.
– Então, por onde começamos? – interrogou o Chico.
– Eu já estive a investigar e acho que podemos tentar entrar dentro do convento. – sugeriu o Vítor.
– Isso não será estranho? Imagina se alguém nos vê?! – questionou Luísa de cabeça erguida.
– Ninguém nos verá! Podemos tentar entrar à noite! – respondeu o Vítor.
– Sim! E também podemos dizer aos teus pais que vamos dormir na cabana, para depois
entrarmos! – exclamou o Pedro, ajeitando os óculos.
– Excelente ideia! – gritaram todos ao mesmo tempo.
– Podemos ir amanhã – disse o João olhando para todos – acho que seria bom. O que acham?
– Boa, pode ser!
Quando amanheceu, eles levantaram-se entusiasmados e prepararam mochilas com lanternas,
comida, uma navalha (no pensamento do Chico, essa navalha iria servir para abrir o baú do
tesouro) e também levaram garrafas de água.
Começou a anoitecer e eles foram diretos para a cabana. Chegaram lá, pousaram as mochilas e
começaram a planear.
– Então, nós vamos entrar por uma porta lateral do convento em que eu reparei há pouco. –
sugeriu prontamente o Vítor – Depois vamos diretos para a igreja, onde eu acho que
provavelmente estará o tesouro.
– E porque é que achas que o tesouro está lá escondido? – perguntou o João.
– Pelo que eu investiguei, na igreja do convento existem três altares: o de Santo António, o da
Senhora da Piedade e o da Senhora do Carmo. Dizem que num desses altares encontra-se um
tesouro que os frades deixaram lá.
– Que fixe! – exclamaram os cinco entusiasmadíssimos.
Saíram então da cabana e dirigiram-se para o convento. Quando lá chegaram, conseguiram abrir a
porta, pois já estava velha demais. Entraram e viram que as paredes estavam todas húmidas e
cheias de musgo, tal como o chão. Andaram por um corredor escuro e acenderam as lanternas.
Chegaram à tal igreja e viram que, de facto, havia três altares.
– Vamos, rápido, temos de investigar estes altares! – gritaram as gémeas, fazendo um coro.
Começaram por investigar os altares da Senhora da Piedade e da Senhora do Carmo, mas não
encontraram nada. Quando começaram a investigar o altar de Santo António, viram que, por
baixo, estava uma pequena caixa. O Chico tirou logo a navalha dele e pegou-lhe.
– Agora… – começou o Chico. Com o espanto não acabara a frase. Tinha conseguido abrir a caixa.
Lá dentro estava um saco cheio de moedas de ouro.
Eles ficaram todos muito espantados e felizes.
– Estas moedas são cruzados de ouro! São muito valiosas! – explicou o Vítor com um entusiasmo
gigante.
Saíram do convento e foram para a cabana.
– E agora, o que fazemos às moedas? – perguntou o João.
– Acho que tenho uma ideia! – exclamou o Pedro – Vítor, não te importas se eu falar um
bocadinho a sós com os meus amigos?
– Não, não me importo – respondeu o Vítor estranhando.
Depois de conversarem, disseram ao amigo:
– Nós estivemos a pensar… – começaram as gémeas – já que gostas tanto de história e destas
coisas, achámos que devias ficar tu com as moedas para colecionares.
– A sério?! – exclamou o Vítor – Muito obrigado! Mas vocês também ajudaram a encontrar as
moedas…
– Nós sabemos, mas tu é que gostas mesmo disto! – interrompeu o Chico.
– Oh, muito obrigado!
Quando terminaram as férias, despediram-se prometendo voltar.
Maria Inês Agostinho, 8º A
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