Uma Aventura no Convento de Santo António - Concurso "Uma Aventura Literária - 2022"

 No âmbito do concurso “Uma Aventura Literária”, promovido pela Editora Caminho, a professora Teresa Simão desafiou os seus alunos a participarem e a discente Maria Inês Agostinho concorreu com um texto original, intitulado “Uma Aventura no Convento de Santo António”.

Boa leitura!


Uma Aventura no Convento de Santo António


O Pedro, o João, o Chico e as gémeas receberam um convite do primo do Pedro para irem passar

as férias com ele. E é claro que aceitaram.

Passadas umas semanas, lá foram eles de autocarro para Portalegre. Era cedo, por isso ainda havia

aquele nevoeiro da manhã.

Quando chegaram, encantaram-se com a bela vista da Serra da Penha, do Castelo e da Sé. Ficaram

hospedados na casa do Vítor, que os recebeu de braços abertos. Ele era um tipo fixe, muito

simpático e super divertido.

Os seis amigos almoçaram todos juntos. A seguir foram dar um passeio para conhecerem a cidade.

Passadas algumas horas, chegaram ao local preferido do Vítor: o Convento de Santo António. Ele

contou-lhes que era um convento abandonado, mas ainda tinha a sua beleza histórica. Os cinco

amigos perceberam logo que o Vítor gostava muito de monumentos históricos.

– Parece que gostas deste sítio – disse o Pedro.

– Sim, e até construí uma cabana ali à frente! – exclamou o Vítor com emoção.

– Podemos ir ver? – interrogaram as gémeas.

– Claro!

A cabana era muito acolhedora e o Vítor mostrou-lhes o seu mini-escritório. Na secretária estava

um molho de jornais antigos que ele colecionava. Eram jornais com notícias históricas.

Os cinco amigos ficaram impressionados.

– Olhem – começou por dizer o Vítor – este jornal diz que há um tesouro no Convento de Santo

António. Eu ando a explorar há algum tempo, mas não consegui encontrar nada.

– Que fixe! – exclamou o Chico – Achas que há mesmo um tesouro no convento?

– Não sei, mas gostava muito de encontrar lá um.

Ao ouvirem aquilo, despertaram logo o seu espírito aventureiro.

– Nós ajudamos-te a encontrar esse tesouro! – interveio o João.

O Vítor ficou surpreendido e ao mesmo tempo entusiasmado.

– Então, por onde começamos? – interrogou o Chico.

– Eu já estive a investigar e acho que podemos tentar entrar dentro do convento. – sugeriu o Vítor.

– Isso não será estranho? Imagina se alguém nos vê?! – questionou Luísa de cabeça erguida.

– Ninguém nos verá! Podemos tentar entrar à noite! – respondeu o Vítor.

– Sim! E também podemos dizer aos teus pais que vamos dormir na cabana, para depois

entrarmos! – exclamou o Pedro, ajeitando os óculos.

– Excelente ideia! – gritaram todos ao mesmo tempo.

– Podemos ir amanhã – disse o João olhando para todos – acho que seria bom. O que acham?

– Boa, pode ser!

Quando amanheceu, eles levantaram-se entusiasmados e prepararam mochilas com lanternas,

comida, uma navalha (no pensamento do Chico, essa navalha iria servir para abrir o baú do

tesouro) e também levaram garrafas de água.

Começou a anoitecer e eles foram diretos para a cabana. Chegaram lá, pousaram as mochilas e

começaram a planear.

– Então, nós vamos entrar por uma porta lateral do convento em que eu reparei há pouco. –

sugeriu prontamente o Vítor – Depois vamos diretos para a igreja, onde eu acho que

provavelmente estará o tesouro.

– E porque é que achas que o tesouro está lá escondido? – perguntou o João.

– Pelo que eu investiguei, na igreja do convento existem três altares: o de Santo António, o da

Senhora da Piedade e o da Senhora do Carmo. Dizem que num desses altares encontra-se um

tesouro que os frades deixaram lá.

– Que fixe! – exclamaram os cinco entusiasmadíssimos.

Saíram então da cabana e dirigiram-se para o convento. Quando lá chegaram, conseguiram abrir a

porta, pois já estava velha demais. Entraram e viram que as paredes estavam todas húmidas e

cheias de musgo, tal como o chão. Andaram por um corredor escuro e acenderam as lanternas.

Chegaram à tal igreja e viram que, de facto, havia três altares.

– Vamos, rápido, temos de investigar estes altares! – gritaram as gémeas, fazendo um coro.

Começaram por investigar os altares da Senhora da Piedade e da Senhora do Carmo, mas não

encontraram nada. Quando começaram a investigar o altar de Santo António, viram que, por

baixo, estava uma pequena caixa. O Chico tirou logo a navalha dele e pegou-lhe.

– Agora… – começou o Chico. Com o espanto não acabara a frase. Tinha conseguido abrir a caixa.

Lá dentro estava um saco cheio de moedas de ouro.

Eles ficaram todos muito espantados e felizes.

– Estas moedas são cruzados de ouro! São muito valiosas! – explicou o Vítor com um entusiasmo

gigante.

Saíram do convento e foram para a cabana.

– E agora, o que fazemos às moedas? – perguntou o João.

– Acho que tenho uma ideia! – exclamou o Pedro – Vítor, não te importas se eu falar um

bocadinho a sós com os meus amigos?

– Não, não me importo – respondeu o Vítor estranhando.

Depois de conversarem, disseram ao amigo:

– Nós estivemos a pensar… – começaram as gémeas – já que gostas tanto de história e destas

coisas, achámos que devias ficar tu com as moedas para colecionares.

– A sério?! – exclamou o Vítor – Muito obrigado! Mas vocês também ajudaram a encontrar as

moedas…

– Nós sabemos, mas tu é que gostas mesmo disto! – interrompeu o Chico.

– Oh, muito obrigado!

Quando terminaram as férias, despediram-se prometendo voltar.


Maria Inês Agostinho, 8º A


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